29 de janeiro de 2018

Broínhas Matrafonas

EU CHAMO-LHES BROÍNHAS MATRAFONAS!
Há umas semanas, poucas se a memória não me falha, vi uma receita de uns bolinhos, ao género de biscoitos, que a amiga Fátima publicou no Facebook. Por serem um doce típico português, transmontano, por sinal, que só nas palavras emanam um cheirinho a caseiro e a antigamente, decidi fazê-las e anotá-las no meu caderno de receitas, de forma a confeccioná-las regularmente e preservar uma tradição que é nossa, num tempo em que Portugal tem vindo a perder a sua identidade - mas, sobre isso, há muito pano para mangas!
Agora, sendo a terceira vez que faço as Broínhas Matrafonas (originalmente chamadas "matrafões" ou "biscoitos de azeite"), considerando, por isso, que já domino a receita o suficiente para me orgulhar disso, partilho com quem de interesse a receita e o registo fotográfico da tarde de labor pasteleiro.


- 9 ovos;
- 1 chávena almoçadeira de azeite (o equivalente a 250 ml);
- 500g de açúcar;
- 1 cálice de aguardente (da boa!);
- 1kg de farinha ("Branca de Neve" preferencialmente);
- 1 colher de chá com fermento químico;
- 1 colher de chá com bicarbonato de sódio. 


Eu fiz da seguinte forma:
Numa bacia espaçosa, juntar os ovos, o azeite, o açúcar e a aguardente, misturando-os com a batedeira até ficar uma massa leve e homogénea. Ir adicionando a farinha até sentirmos que a batedeira começa a emperrar. Quando isso acontecer, juntar o fermento e o bicarbonato, e, depois, com uma colher de pau, continuar a misturar a farinha.
Deixar repousar a massa, com um paninho por cima, durante, no mínimo, uma hora. Fazer bolinhas com mais ou menos cinco centímetros de diâmetro, passo o preciosismo, e dispô-las em tabuleiros com papel vegetal. Levar ao forno, pré-aquecido a 190ºC, durante aproximadamente 15 minutos. Para lhes dar alguma graça, polvilhem cada Broínha Matrafona com açúcar e canela antes de irem cozer. Elas devem crescer e rachar no cimo, criando uma "côdea" à sua volta.
Acompanhem-nas com uma tisana, ou com um chocolate quente. Eu, estando em casa do "Sr. Gaspar", acompanhei com uma cevadinha de saco. Hummm!



Pedro Pinho e Suárez


Sem comentários:

Enviar um comentário

O autor deste blogue agradece a todos pela sua interacção nesta "casa".