27 de novembro de 2017

"Encontros da nossa Diáspora"

"Encontros da nossa diáspora" intitulou, e muito bem, a querida professora bibliotecária, aquele que foi, tal como acontece no livro, um momento de convívio entre várias gerações.

Eu e A história de Martim Pescador e Sr. Gaspar fomos convidados a visitar a Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas do Búzio, em Vale de Cambra, por intermédio da professora Cristina Filipe. A instância que tanto me privilegiou deixou-me absolutamente estarrecido, emocionado. Já conhecia e reconhecia o empenho e a qualidade com que os eventos são feitos e conduzidos pelos dedicados professores daquela Escola, mas, desta vez, "todo o cuidado foi muito"!

A grande plateia que me brindou com a sua agradável presença, a qual incluía estudantes do primeiro ao terceiro ciclos, professores e auxiliares, revelou grandes e belas surpresas. Em suma, a Escola teve a enorme amabilidade de explorar o meu livro, abordando-o de diferentes formas, com diferentes idades, em diferentes disciplinas: houve a apresentação de trabalhos de escrita criativa e de expressão plástica, a exposição de considerações científicas associadas à história, momentos de dramatização, onde alunos e professores fizeram surgir um narrador eloquente, um Sr. Gaspar de bengala e um Bufo Verrucoso com cartola preta...

A biblioteca inteira vestiu-se do livro - "todo o cuidado foi muito!", repito -: à entrada, erguiam-se telas, do chão ao tecto, com pinturas alusivas à Floresta e à Avenida do Palacete, e havia maquetes dos edifícios descritos na história. Já dentro da própria biblioteca, emergia um alto arbusto desfolhado, decorado com imagens dos vários animais que vagueiam pelo livro; as ilustrações originais do livro também lá estavam, estrategicamente dispostas em cavaletes, e uma maravilhosa árvore, provavelmente uma macieira, decorava o canto do estabelecimento onde me sentei, de forma a poder ver e ouvir toda a gente.

Serve esta pequena reportagem para, de alguma forma, eternizar um momento que eu não queria que acabasse. Não fui àquele espaço, que também considero um bocadinho meu, fazer uma apresentação do livro, como seria costume. Em vez disso, qual espectador em constante deleite, admirei todo o trabalho feito sobre A história de Martim Pescador e Sr. Gaspar, um labor partilhado entre alunos e professores - uma delícia, não acham?
Assim, e porque não pretendo alongar muito esta publicação, deixo aqui gravado o meu sentido agradecimento a todos os presentes, sem excepção, e à Escola em geral, à professora Cristina Filipe pelo convite, à professora Madalena, a minha "professora-mãe", pelas amáveis palavras que me dirigiu, e à professora Teresa Rebelo por "ter lançado a semente", a qual acabou, na minha opinião, por germinar numa colossal árvore de prazeres.

Mesmo no final, antes de um agradável repasto num contexto mais íntimo, fui surpreendido, positivamente, por alguns interessados que vieram adquirir o livro. Desta forma, nestas pequenas "entre-linhas", vou dando conta de que, efectivamente, "a seu tempo" o objectivo vai sendo cumprido.

Deixo em público: foi das melhores surpresas que alguém já me fez. E, por isso, a minha gratidão é desmedida.





     




No final, ao jeito de convite privado, lembrando o próprio Sr. Gaspar, bebemos uma deliciosa e refrescante tisana. A bebida, morninha, foi essencial para empurrar os pastéis de nata confeccionados pelos alunos de Hotelaria.

Novamente, porque não me farto nem é de mais, muito obrigado!


A história de Martim Pescador e Sr. Gaspar
Pedro Suárez


3 comentários:

  1. Pedro, foste os meus olhos e o meu sentir neste breve apanhado. Congratulo-me por saber que não me enganei ao depositar naquela turma a tarefa que, aos poucos, os levará ao “Norte”. Para alguns será apenas “um passo de pardal”, mas tenho a certeza que, num futuro próximo, a árvore irá florir. Obrigada a todos por terem ajudado a “ fertilizar a semente”!

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    1. A tua turma desenvolveu um trabalho excepcional: mesmo sem disfarces ou vestimentas, apenas com alguns adereços, fizeram-me ver determinados momentos da história com clareza. E, considerando que, para eles, estas coisas não são fáceis, pois por vezes a timidez e a falta de confiança toldam-lhes o raciocínio, notou-se um evidente empenho da parte deles. Parabéns, querida Piu! Foste a melhor jardineira que aquelas flores poderiam ter.
      P.S.: Não nos podemos esquecer dos meninos dos primeiro e segundo ciclos que fizeram, e inclusivamente me ofereceram, trabalhos de uma qualidade invejável.

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    2. Pedro, eu só plantei a semente. Pena não ter podido continuar a obra de “jardinagem”...

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