Nem imaginam, caros leitores, a ansiedade que me causou este bolo.
Tornar ingredientes que normalmente se comem salgados, como os próprios pistácios que já o são, num prato doce parece algo bastante improvável, mas podem confiar nesta minha receita.
A protagonista deste doce é, naturalmente, a courgette, mas o contraste salgado e granular do pistácio, um fruto seco de origem asiática mas agora cultivado nos países mediterrânicos, torna a mastigação mais animada, embora seja, muito surpreendentemente, um bolo leve.
- 150g de courgette;
- 2 cenouras pequenas;
- leite meio gordo (apenas um chapisco);
- 1 chávena e meia com açúcar (tentando, assim, prefazer aproximadamente 190g);
- 1 chávena e meia com farinha;
- 1 colher de chá com fermento;
- 1 colher de chá com canela;
- 1 colher de café com bicarbonato de sódio;
- 1 chávena com óleo vegetal;
- 3 ovos biológicos;
- 1 colher de chá com extracto de baunilha;
- 1 mão bem cheia de pistácios.
Devo advertir desde já que, muito honestamente, não é o bolo mais fácil de confeccionar que existe. Vale a pena tentar e não desistir, no entanto.
Comecem por descascar a courgette, cortá-la aos cubos e triturá-la com uma varinha-mágica juntamente com um chapisco de leite. Logo de seguida, com um raspador, raspem as cenouras e reservem-nas, tapadas, assim como a courgette triturada.
Num recipiente, coloquem todos os ingredientes, pela ordem descrita, desde o açúcar até ao extracto de baunilha, inclusive. Misturem-nos bem com uma batedeira e adicionem o creme de courgette, voltando, a seguir, a trabalhar com a batedeira.
Para finalizar, apresentem à massa leve a cenoura em raspas e os pistácios grosseiramente cortados e unam-nos, de forma homogénea, com uma espátula.
Vertam o preparado para uma forma anteriormente untada com manteiga e farinha, e levem-na a um forno previamente aquecido a 190ºC. Quando fecharem o forno, diminuam a temperatura para os 180ºC. E aí permanecerá durante, aproximadamente, cinquenta minutos. Aconselho, porém, o teste do palito.
Apesar de realmente parecer uma receita fácil, existem, na sua génese, vários factores que podem comprometer o sabor do bolo, como a forma de cultivo da courgette, por exemplo, e a sua consequente quantidade de água, assim como o tempo em que a massa é sujeita aos movimentos da batedeira. Não vos quero, caros leitores, desencorajar, de modo algum! Muito pelo contrário! Desafio-vos a fazerem este bolo, tão leve, tão peculiar...
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