Poderão alguns de vós saber, principalmente os que acompanham "as minhas escritas" há algum tempo, ou simplesmente supondo pela análise da ilustração do cabeçalho, que uma das minhas paixões, e de uma maneira importante, um dos meus refúgios é a leitura.
Como no meu antigo blogue já era hábito a partilha de livros que lia, escrevendo consequentemente uma espécie de balanço sobre cada obra, julgo pertinente, e porque me sabe bem, dar continuidade a esse cânon.
Ora, A Pintora de Plantas, um pequeno romance cheio de grandes aventuras, é um dos melhores livros de autores britânicos que já li. Martin Davies, o autor, faculta-nos um enredo riquíssimo, usando um brilhante paralelismo de uma busca científica incessante por uma ave e a história misteriosa, e talvez obscura, de um naturalista de renome do século XVIII.
Uma das condições que tanto me apaixonou nesta história, foi exactamente a escrita intensa e detalhada de Martin Davies. É das poucas obras que, a meu ver, têm a capacidade de nos instruir histórica e cientificamente e, simultaneamente, fazem-nos submergir nas ásperas páginas, entre as pequenas e negras letras, onde sentimos cada emoção descrita. Enquanto lia, parecia conseguir cheirar o mar onde o capitão Cook navegava, a chuva que frequentemente banhava o desleixado casaco de John Fitzgerald e o mofo dos corpos dos animais embalsamados.
Este é o relato da procura de uma espécie, supostamente extinta, de tordo, a Ave de Ulieta.
Quando terminei a leitura deste livro, decidi que seria peremptoriamente urgente averiguar se essa tão importante ave, merecedora de uma fortuna, é, de facto, uma espécie verdadeira ou se, por outro lado, foi criada para a epopeia.
Como emprestei A Pintora de Plantas a uma interessada, e muito provavelmente ela está a ler isto, não vou adiantar nem descrever absolutamente mais nada, caso contrário dissolveria por completo o propósito da leitura e a sua diversão. Espero, contudo, ter feito, com as minhas palavras, jus à complexidade da obra e incentivado alguém, algum leitor que esteja por aí, a lê-la.
Tinha que gostar imenso do livro. Amigo Pedro! Tinha que ser! A Natureza fascina-o sempre! Gosto muito de si, sabe! Aproveite ao máximo toda a aprendizagem possível que a Natureza merece e agradece! Parabéns pelo maravilhoso trabalho! Boa semana! Beijinhos
ResponderEliminarEsse livro é espetacular! Gosto muito da capa...
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